O olhar é muito mais do que função fisiológica. É uma linguagem forte. É um universo carregado de sentido. É condensação do mistério do homem. Relata o destino de muita gente. Provoca alterações decisivas na vida. Como você quer olhar?

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Necessidades

Se formos analisar não passamos de serem movidos por necessidades, necessidades essas que vão do ar a que respiramos as coisas mais basais. Teve vezes que senti necessidade de me amarrar em uma arvore para protegê-la, outras vezes fui aos portos com faixas pedindo a proteção as baleias, hoje me sento e protesto não apenas pela extinção de uma emissora do qual marcou a minha infância entre outras milhões.
Não me veja como fútil por não querer apenas por não querer. Aprendi várias lições de vida juvenil num castelo, ou mesmo em teatro e ilhas chamadas “Ra-tim-bum!”, que aos poucos são dizimados. Não bastando  o único programa para os cinéfilos em rede aberta que agora não existe mais.
A TV CULTURA  da década de noventa era a melhor dona da melhor programação, pela sua autenticidade, pelo fato de que era voltada para o publico alternativo e jovem.
Hoje me vejo atingido por uma homogenia (homogenidade), que afeta, que não nos dar escolha. Antes eu mudava os canais e via a TV Cultura alternativa que aos poucos passa a ser apenas mais uma entre milhares de emissoras no ar.
Hoje protesto e não protesto. Sinto a necessidade dos programas produzidos pela emissora, que agora vem com uma programação comprada e comum. E com isso ponho luto, acendo uma vela pela morte da autenticidade, que aos poucos passa a ser a morte da emissora que marcou a infância de uma geração e acaba por não marcar mais nada, preenchendo apenas uma das sintonias dos canais que pega nem minha TV.
Com vela na mão e coração partido vendo os restos cadavéricos da emissora da infância alternativa.
Pelas arvores, as baleias, e as emissoras que se auto boicotam.
Phelipe Lopes

Nenhum comentário:

Postar um comentário