O olhar é muito mais do que função fisiológica. É uma linguagem forte. É um universo carregado de sentido. É condensação do mistério do homem. Relata o destino de muita gente. Provoca alterações decisivas na vida. Como você quer olhar?

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Tapetes da Estação

Eu estava tão acostumado com a tristeza que já sabia o que fazer. Eu andava com a tristeza, comia com a tristeza que quando me deparei com a felicidade tive medo de pegar em sua mão.
Quando ficamos triste aos poucos nos acostumamos com ela. Muitas vezes a tristeza acaba virando nossa companheira, no fundo nem percebemos o tempo passar, chegamos até a pensar que o tempo não passa para nós.
Ao largar a mão da tristeza que agora se tornara nossa amiga ficamos um pouco sem chão, depois percebemos que agora sem laços estamos definitivamente livres, livres para segurar a mão de realmente desejamos.
“Agora o belo loiro franzino segura na mão da diversão e vive em um lindo final feliz.” Esse é o final que desejava contar pra vocês, só que não venho para tecer finais felizes nem tampouco criar sonhos vermelhos.
O fim?
O fim não existe! A vida é um ciclo, só que descemos em estações diferentes.
- Próxima estação Paraíso. Descer de mãos dadas com o teu humor.
Phelipe Lopes

Palavras Sentidas.

Eu vou te tocar sim, só que com palavras.
Eu vou te amar assim com palavras.
Eu vou esperar até que você me chame, com toques que falem.
É assim que eu vou te ter, com palavras.
A muito luto pela minha liberdade. A muito eu cultivo a minha liberdade, e só com um olhar você me prende.
Assim que eu te tiver por inteiro vou me libertar dessa falsa liberdade para enfim ser livre, e ti ter e me ver em você como eu te vejo no meu reflexo no espelho.
Hoje o amor é diferente. Sem toques, sem duvidas, sem pesares.
Os versos ficaram escritos nos sorrisos guardados nas fotografias.
Toco no lúdico para que ele te toque, e te toco com palavras que ficam no coração d’ouvido.
Sinto o cheiro que vem da flor da minha pele, esse é o teu perfume.
No escuro o corpo efêmero canta o sentimento eterno.
Hoje o meu subconsciente tenta mentir. Não minto para você! Tento mentir pra mim.
Toque-me no escuro.
Phelipe Lopes

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Visitantes dos meus olhos

Segundo o próprio blogspot o meu Blog está com a seguinte visitação:
Brasil 59%
Estados Unidos 10%
Venezuela 5%
Russia 9%
Alemanha 5%
França 12%
Tô ficando chique!!!

Céu de inconstâncias

Hoje me pego olhando para a massa negra celeste, agora te faço um convite vemos olhar as estrelas juntos?
Chamo-te para pensar nos amores antigos, no bolo da vovó e no que quisermos pensar. Olhar para céu e mais nada. Não quero pensar no futuro, não agora, não nesse instante.
Deitar na grama como criança e por em segundo eterno não me preocupar com  o mundo, com nossas brigas, com o nossas brigas. Hoje irei voltar a romantizar a história e transformá-la na estória que me fizeram aprender a ler, estórias onde os amores sempre dão certo, onde o casal indefeso é e sempre será um só, que sempre fora unido pelo amor, amor inocente, amor de criança, amor que quero viver hoje.
Agora paro de romantizar olho para as estrelas e me pergunto até onde romantizar é legal? E me vejo sonhando mais que o meu coração pode agüentar, será que o tombo vai existir?
Como vou saber o que é amor e o que é paixão?
Será que posso confiar na minha experiência de vida, já que é ainda tão pouca.
E assim volto a olhar e não pensar mais em nada. Levanto a guarda e aviso não estou fugindo da dúvida mesmo que fugir seja a coisa mais fácil no momento, deixo de pensar porque penso que é injusto afetar o meu quadro lunar com questionamentos que só o tempo irá responder.
No fundo eu protesto por protestar e acabo refém de minhas próprias palavras.
Cabe uma duvida dessas acabar com o céu que ainda continua a me contemplar?
No momento creio que não, só que em minha constante inconstância não posso registrar o pensamento do agora sem ouvir do amanha. E eu? Continuo a deleitar-me com o reflexo das estrelas em meus olhos e nada mais.
Phelipe Lopes

sábado, 11 de junho de 2011

Palcos, Ensaios e Lembranças.

Há momentos em que queria estar na velha Londres de janela aberta ouvindo sininhos e esperando o Peter Pan.
Hoje me vejo Pan. O homem que ainda vê o mundo com o olhar de criança, que ainda enxerga a esperança em todos os atos.
O Peter não queria crescer, e o Lopes quer crescer sem perder o olhar ingênuo, sem deixar de ser criança.
Me vejo soldado. Sou bailarina. Fui acrobata.
O sonho não pode deixar de ser sonhado nem depois de realizado.  A vida é dura, mas nem por isso torna-se amarga. Nós que a adoçamos.
Com um sonho e muito esforço tudo vira realidade, o futuro é logo ali, fundamentado no presente e vivido de passados.
Sem medos de Otiles e ganchos.
A realidade só existe porque um dia alguém a sonhou.
Phelipe Lopes

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Confissões de uma dama da noite.

Hoje sou uma figurinha chata de assistir.
Não tenho talento pra filme queimado.
Tô meio mimado, pagando de gato.
Vou ocupar o teu espaço, porém não quero interagir.
Medo de ficar triste.
Você diz que acabou, só que pra mim mal começou.
Toque sua pele de cetim no meu pêssego estragado.
Tenho que te por na minha mente e te tirar do coração.
Traga-me.
Pega a tulipa que te dou o jardim. Quem sabe um jasmim.
Só me resta confirmar que você não é mais meu.
Eu não vou mais te esperar.
Não vou mais me sufocar, não quero desesperada ficar.
Não escuto mais o som dos nossos corpos se tocando.
Não vou espetar. Tô te esperando.
Desesperar não resolve. Estou desesperada.
Eu espero e cadê você?
Em esperas desesperadas, já que com a certeza dos indecisos eu não te amo.
Tenho cede de cantar você.
Phelipe Lopes

Fragmentos da amante.

 Os teus conceitos já não servem mais, pois toda teoria se desfaz.
Destrua tudo que já aprendeu.
Se você pensa que me enxerga fundo engana-se. Nem tudo que parece realmente se mostra.
Se você pensa, e você pensa que eu estarei sempre aqui a te esperar, novamente errou em sua teoria.
Se eu te dizer que hoje eu estou querendo me amar e te amar ao mesmo tempo, o que diria?
E... Quanto mais te espero, me espero.
Agora preciso parar de sofrer, tenho que ver o melhor de mim. E eu sou ÓTIMO.
Agora o que me diz?
Eu inventei o inalcançável de mim.
Hoje temo com um escravo medo de ser.
E você só teima.
Essa é minha mente.
É o meu eu lírico.                                              
E ai você tem tempo?
Phelipe Lopes