O olhar é muito mais do que função fisiológica. É uma linguagem forte. É um universo carregado de sentido. É condensação do mistério do homem. Relata o destino de muita gente. Provoca alterações decisivas na vida. Como você quer olhar?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Como será o nosso final feliz?


Novamente inspirado por fleches de sanidade em meio toda a insanidade da vida que carrego. Vejo o que ninguém vê, ou melhor, o que ninguém quer vê.
Fico pensando como seria o meu, o nosso final feliz? Já que nos contos que embalavam o meu sono em uma infância distante a estória nunca acabava o casal se encontrava geralmente em um grande baile e viviam felizes para sempre, só que como viviam? A vida não é um conto será que o final feliz é encontrar a pessoa amada e viver em uma monotonia? O príncipe transforma-se  em funcionário público e a princesa uma dona de casa gorda com uma penca de filhos chorando na cozinha suja? Quem sabe o final feliz é mais curto que pensamos.
A menina rica apaixona-se pelo boy que leva suas pizzas todas as quartas. O metidinho da escola na verdade sempre amou o líder do futebol. A Nina tenta salvar o Der e o mata e acaba morrendo baleada para não conviver com remorso. O cego ver o amor. E etecéteras... etecéteras...
Fim.
...
O final feliz na verdade é a fração de segundo a qual vivemos em uma “felicidade pela” onde os sonhos são inabaláveis e amores são a única coisas que importam. O final feliz nem sempre tem que estar no final, o final feliz é o meio, é o agora, é o momento do qual lembraremos com os nossos netos, netos esses que talvez serão frutos de outros relacionamentos, relacionamentos que não apagam o final feliz que tivemos e quem sabe teremos.
Phelipe Lopes

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